Vila Nova de Gaia

Natureza e Paisagem: Rio Douro

O Rio Douro (Duero, em castelhano) é um rio que nasce em Espanha, na província de Sória, nos picos da Serra de Urbião (Sierra de Urbión), a 2.080 metros de altitude e atravessa o norte de Portugal. A foz do Douro é junto à cidade do Porto.

A UNESCO designou em 14 de Dezembro de 2001 a região vinhateira do Alto Douro (na lista dos locais que são Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural. A Bacia Hidrográfica do Douro tem uma superfície de aproximadamente 18710 km².

O seu curso tem o comprimento total de 850 km. Desenvolve-se ao longo de 112 km de fronteira portuguesa e espanhola e de seguida 213 km em território nacional. A sua altitude média é de 700 metros. No início do seu curso é um rio largo e pouco caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre fraguedos em canais profundos. O forte declive do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos, as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros "saltos" ou "pontos" tornavam este rio indomável. Aproveitando o elevado desnível, sobretudo na zona do Douro internacional, a partir de 1961 foi levado a cabo o aproveitamento hidroelétrico do Douro.

Com a construção das barragens, criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se que o rio ficou domado definitivamente.


Património e História: Vinho do Porto


O Vinho do Porto é um vinho licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e de fatores humanos. O processo de fabrico, baseado na tradição, inclui a paragem da fermentação do mosto pela adição de aguardente vínica (benefício ou aguardentação), a lotação de vinhos e o envelhecimento.

O Vinho do Porto distingue-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares: uma enorme diversidade de tipos em que surpreende uma riqueza e intensidade de aroma incomparáveis, uma persistência muito elevada quer de aroma quer de sabor, um teor alcoólico elevado (geralmente compreendido entre os 19 e os 22% vol.), numa vasta gama de doçuras e grande diversidade de cores. Existe um conjunto de designações que possibilitam a identificação dos diferentes tipos de Vinho do Porto. A cor dos diferentes tipos de Vinho do Porto pode variar entre o retinto e o alourado-claro, sendo possíveis todas as tonalidades intermédias (tinto, tinto-alourado, alourado e alourado-claro). Os Vinhos do Porto Branco apresentam tonalidades diversas (branco pálido, branco palha e branco dourado), intimamente relacionadas com a tecnologia de produção. Quando envelhecidos em casco, durante muito anos, os vinhos brancos adquirem, por oxidação natural, uma tonalidade alourada-claro semelhante à dos vinhos tintos muito velhos.

Em termos de doçura, o vinho do porto pode ser muito doce, doce, meio-seco, ou extra seco. A doçura do vinho constitui uma opção de fabrico, condicionada pelo momento de interrupção da fermentação. Os Vinhos do Porto podem ser divididos em duas categorias consoante o tipo de envelhecimento.

Estilo Ruby

São vinhos em que se procura suster a evolução da sua cor tinta, mais ou menos intensa, e manter o aroma frutado e vigor dos vinhos jovens. Neste tipo de vinhos, por ordem crescente de qualidade, inserem-se as categorias Ruby, Reserva, Late Bottled Vintage (LBV) e Vintage. Os vinhos das melhores categorias, principalmente o Vintage, e em menor grau o LBV, poderão ser guardados, pois envelhecem bem em garrafa. São especialmente aconselhados os LBV e os Vintage.

Estilo Tawny
Obtido por lotação de vinhos de grau de maturação variável, conduzida através do envelhecimento em cascos ou tonéis. São vinhos em que a cor apresenta evolução, devendo integrar-se nas sub-classes de cor tinto-alourado, alourado ou alourado-claro. Os aromas lembram os frutos secos e a madeira; quanto mais velho é o vinho mais estas características se acentuam.
As categorias existentes são: Tawny, Tawny Reserva, Tawny com Indicação de Idade (10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos) e Colheita. São vinhos de lotes de vários anos, excepto os Colheita, que se assemelham a um Tawny com Indicação de Idade com o mesmo tempo de envelhecimento.
Quando são engarrafados estão prontos para serem consumidos. Aconselham-se os vinhos das categorias Tawny com Indicação de Idade e Colheita.

Branco
O Vinho do Porto Branco apresenta-se em vários estilos, nomeadamente associados a períodos de envelhecimento mais ou menos prolongados e diferentes graus de doçura, que resultam do modo como é conduzida a sua elaboração. Aos vinhos tradicionais, juntaram-se os vinhos de aroma floral e complexo com um teor alcoólico mínimo de 16,5% (Vinho do Porto Branco Leve Seco) capazes de responder à procura de vinhos menos ricos em álcool.

Categorias Especiais
Os vários tipos de Vinho do Porto existentes estão devidamente regulamentados, correspondendo às seguintes designações:

Vintage
Vinho de qualidade excepcional proveniente de uma só colheita. É obrigatoriamente engarrafado entre o segundo e o terceiro ano após a colheita, apresentando-se retinto e encorpado.
De características organolépticas excepcionais, deve apresentar-se muito encorpado e retinto no momento da aprovação (aos dois anos). Com o envelhecimento em garrafa torna-se suave e elegante, desaparecendo gradualmente a adstringência inicial. Adquire, por isso, um aroma equilibrado, complexo e muito distinto. Aos Vintage com alguns anos em garrafa estão associados aromas de torrefacção (chocolate, cacau, café, caixa de charutos, etc.), aromas de especiarias (canela, pimenta, ...) e, por vezes, aromas frutados.

L.B.V. (Late Bottled Vintage)
Vinho de qualidade elevada proveniente de uma só colheita. É engarrafado entre o quarto e o sexto ano após a colheita.
Estes vinhos, tintos na cor, têm características organolépticas que lhes conferem elevada finura e distinção. São encorpados, macios e de aroma mais ou menos frutado, podendo revelar alguma evolução, dependente da duração do estágio em madeira. São normalmente menos adstringentes e menos encorpados que os Vintage do mesmo ano, sendo igualmente harmoniosos, com uma suavidade e elegância mais ou menos marcadas, consoante o estilo do produtor.
Envelhecido em garrafa ou Bottle Matured
Vinho de elevada qualidade, das categorias Late Bottled Vintage (ou LBV) ou Crusted, que envelheceu em garrafa durante um período mínimo de 3 anos, estando por esse motivo, sujeito a criar depósito em garrafa. É um vinho de cor tinta, aroma de frutos vermelhos, sendo também possível identificar os aromas característicos do estágio em garrafa. Na boca são vinhos encorpados mas em menor grau do que os Vintage.

Data de Colheita
De elevada qualidade proveniente de uma só colheita. Estagia em madeira durante períodos de tempo variáveis, nunca inferiores a 7 anos, podendo seguidamente ser engarrafado.
Durante o envelhecimento em casco, os aromas jovens, frutados e frescos, evoluem por via oxidativa, dando lugar a um bouquet em que sobressaem os aromas de frutos secos, aromas de torrefacção, madeira e especiarias. No decurso do envelhecimento, vão aumentando a macieza, a harmonia e complexidade do bouquet.
A cor evolui para o alourado, notando-se mesmo reflexos esverdeados nos vinhos muito velhos. Com Indicação de Idade: 10 anos de idade; 20 anos de idade; 30 anos de idade; 40 anos de idade. Vinho de elevada qualidade obtido por lotação de vinhos de colheitas de diversos anos, de forma a obter-se uma complementaridade de características organolépticas. Estagia em madeira durante períodos de tempo variáveis, nos quais a idade mencionada no rótulo corresponde à média aproximada das idades dos diferentes vinhos participantes no lote e exprime o carácter do vinho no que respeita às características conferidas pelo envelhecimento em casco.
Assim, um vinho 10 anos revela uma cor, um aroma e um sabor típicos de um vinho que permaneceu durante 10 anos em casco. Tal como os vinhos Data de Colheita, apresentam um característico bouquet de oxidação que se traduz em aromas de frutos secos, torrefacção e especiarias, mais evidentes nos vinhos com mais idade. Na boca, revelam-se vinhos macios e harmoniosos, com um aroma muito persistente.

Reserva

Vinho de muito boa qualidade obtido por lotação de vinhos de grau de maturação variável. Dentro dos reserva distinguem-se os Reserva Tawny que apresentam uma cor tinta aloirada, com os aromas de frutos secos, torrefacção e madeira, resultantes do estágio mínimo obrigatório de sete anos em madeira, a complementarem-se com alguns aromas remanescentes de fruta fresca. Na boca, já é notório a macieza característica dos vinhos envelhecidos em casco.
Por sua vez os Reserva Ruby, resultantes de lotes mais jovens que originam um vinho de cor tinta, com aromas intensos e frutados, são vinhos encorpados e adstringentes mas menos do que os Vintage e os LBV.

Reserva Branco
Vinho do Porto branco de muito boa qualidade obtido por lotação e que estagiou em madeira pelo menos sete anos, apresentando tonalidades douradas, boa complexidade de aroma onde é notório o envelhecimento em madeira e sabor persistente.


Património e História: Pontes











Ponte Maria Pia

Esta foi a primeira ligação ferroviária entre as duas margens. Foi também das primeiras obras em ferro, com projecto do famoso Engenheiro Gustave Eiffel. A sua inauguração, em 4 de Novembro de 1877, contou com a presença da Rainha D. Maria Pia e seu marido o Rei D. Luiz I. Na sua época foi uma audaciosa e criativa obra de engenharia que deslumbrou e continua a deslumbrar portugueses e estrangeiros.











Ponte Luís I

A mais popular das pontes sobre o Rio Douro foi inaugurada em 31 de Outubro de 1886 pelo monarca que a baptizou. O seu projecto deve-se ao Engº Théophile Seyrig, que já tinha colaborado com Eiffel na construção da Ponte Maria Pia. A sua estrutura, verdadeira filigrana de ferro, suporta dois tabuleiros unidos por um arco. Foi recentemente adaptada à circulação do metro no tabuleiro superior, enquanto que o tabuleiro inferior mantém a sua função rodoviária. Uma travessia a pé é uma experiência inesquecível











Ponte da Arrábida

É a última das pontes antes da Foz do Douro. O Engenheiro Edgar Cardoso conseguiu, em 22 de Junho de 1963, surpreender o mundo. O tabuleiro é sustentado por um arco com um vão de 270 metros. Era na época da sua inauguração o maior arco em betão armado do mundo. É ainda hoje a principal passagem rodoviária sobre o Rio Douro.











Ponte S. João

A Ponte de S. João foi inaugurada no dia do Santo que a baptiza, 24 de Junho, do ano de 1991. Com projecto do Professor Edgar Cardoso, esta ponte foi construída para servir de passagem ferroviária e assim, substituir a Ponte D. Maria que já não permitia às modernas máquinas ultrapassar os 20 km/h, limitando-lhes a capacidade de carga.
Construída em betão armado, em forma de Pi, é uma ponte do tipo pórtico contínuo, com pilares verticais com três vãos. Em 1991 constituiu um recorde mundial para pontes deste tipo.











Ponte do Freixo

Está localizada a montante das restantes pontes e é o complemento rodoviário à Ponte Arrábida, através da A1. Construída em betão armado, foi projectada pelo Professor António Reis e é composta por duas vigas gémeas em todo o seu comprimento, sustentadas por vários pilares. A sua inauguração teve lugar em Setembro de 1995.











Ponte do Infante

A mais recente das pontes, inaugurada em Março de 2003, deve o seu nome ao Infante D. Henrique, o "Navegador". Esta ponte rodoviária foi projectada pelo Engº Adão da Fonseca e a sua construção teve como objectivo substituir o tabuleiro superior da ponte Luiz I, entretanto convertido a passagem do Metro. Construída em betão armado, tem um comprimento de 371 metros e 20 m. de largura. Está situada em plena zona histórica, junto à Escarpa da Serra do Pilar.











Barragem de Crestuma/Lever

A Barragem de Crestuma/Lever é a passagem sobre o Rio Douro mais a jusante, no extremo Leste do Concelho de Vila Nova de Gaia. Entrou em funcionamento em 1986.
A barragem, do tipo móvel, é constituída por nove pilares de 25,5 metros de altura nos quais se apoiam oito comportas descarregadoras e uma eclusa de navegação junto à margem esquerda do Douro. A albufeira estende-se por cerca de 44km e tem uma capacidade de 110 milhões de m3 de água.


Património e História: Património Religioso

Mosteiro da Serra do Pilar

Implantado no cimo de uma escarpa e dominando toda a zona sobranceira ao Douro ergue-se o verdadeiro ex-libris de Vila Nova de Gaia, o Mosteiro da Serra do Pilar. Classificado pela Unesco como Património Mundial desde 1996.
Frei Brás de Braga, de acordo com D João III e com D. Fr. Baltazar Limpo, Bispo do Porto, decidiu fundar este novo mosteiro, em 1537, para albergar os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho provenientes do Mosteiro de Grijó, à data bastante degradado.
A Igreja, classificada como Monumento Nacional, realça-se pela planta circular, coberta por uma imponente abóbada hemisférica, rodeada por varandim e coroada por um lanternim.
No interior, salientam-se os trabalhos em talha dourada e dourada e branca. Conserva um belo claustro, igualmente classificado como Monumento Nacional, com abóbada circular com nervura central apoiada em 36 colunas jónicas. Destaca-se ainda o seu "rendilhado" formado por volutas, cartelas e pináculos. Este mosteiro maneirista é um exemplar único em Portugal, visto que a igreja e o claustro são de planta circular, modelo este proveniente da arquitectura civil.
A sua localização geográfica foi crucial em 1809, aquando das invasões pelas tropas napoleónicas e em 1832-33 enquanto base militar durante as lutas liberais. Elevado à categoria de fortaleza foi convertido desde então em quartel de artilharia.
Do terraço fronteiriço poderá desfrutar de excelentes vistas sobre o Rio Douro, a zona mais antiga da cidade e os telhados das Caves do Vinho do Porto.

Mosteiro de Grijó

O Mosteiro terá tido origem numa pequena igreja, fundada no séc.X, sob a invocação de São Salvador. A planta, de 1572, engloba a igreja, o claustro e sacristia. A igreja foi concluída e benzida em 1626 e ocupa uma área destacada no conjunto. De nave única com uma capela-mor, possui ainda três capelas e um altar de cada lado.
Junto ao coro alto existe um órgão de tubos de finais do século XVIII inícios do século XIX que foi recentemente restaurado. No século XVIII, o seu interior foi renovado. As artes decorativas do azulejo e da talha, características do Barroco, preenchem o seu interior, com destaque para a capela-mor.
A fachada, que acusa influências flamengas, foi em 1998 enriquecida com vitrais, da autoria do Mestre Júlio Resende, que representam a Trindade e a Criação.
A sacristia é um vasto espaço quase quadrangular com as paredes completamente revestidas a azulejo em tapete policromo.
No claustro destacam-se os painéis de azulejo, representando os evangelistas e doutores da igreja e ao centro uma fonte do início do século XVII. De realçar o túmulo, do séc.XIII, de D. Rodrigo Sanches, feito em pedra ançã, classificado como Monumento Nacional.

Convento Corpus Christi

O Convento Corpus Christi foi construído primitivamente junto ao rio no Séc. XIV. A Igreja conheceu uma degradação gradual provocada pelas constantes cheias do Rio Douro, o que originou a edificação, pelas freiras de S. Domingos, da actual capela no séc. XVII. O mosteiro sofreu profundas alterações nos séculos XVII e XVIII e foi extinto em 1834.
Salienta-se a riqueza e valor artístico da capela octogonal, rematada por uma cúpula de pedra, com quatro altares laterais, o côro-alto com o tecto formado por 49 caixotões decorados com pinturas a óleo, e ainda o cadeiral, da primeira metade do século XVII, com ricos trabalhos de ornamentação nomeadamente volutas e máscaras.
Encontra-se aqui a arca tumular de Álvaro de Cernache, alferes da bandeira da Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota.

Mosteiro de Pedroso

Mosteiro beneditino cuja fundação remonta ao século XI. Situa-se na freguesia de Pedroso, a poucos quilómetros do centro da cidade de Gaia.
Entre os séculos XI e XIV, assistiu-se a um engrandecimento patrimonial deste Mosteiro, até que em pleno século XVI o convento é extinto. A partir de 1759 a Igreja do Mosteiro passou a servir de Matriz da Freguesia. Do românico inicial, já perdido, restam um escudo na fachada lateral, uma pia batismal no interior e duas adoçadas à face interna de corpo coberto (tipo nartex) que precede a entrada. Possui, também, um brasão do séc. XVI e algumas imagens religiosas.


Igreja de Santa Marinha

A Igreja de Santa Marinha, que terá sido em tempos uma pequena ermida românica, foi alvo de restauros consecutivos ao longo dos séculos XVII-XVIII. Em 1745 procede-se à reedificação do corpo da igreja, cujo traço é da autoria de Nicolau Nasoni. Está classificada de Imóvel de Interesse Público desde 1974. Bom exemplar de arquitectura barroca é uma igreja ampla, com bastante luz, de planta longitudinal e nave única com lambril de azulejos em toda a área que se prolonga até à capela-mor. O arco triunfal é sobrepojado por sanefa de talha e ladeado por dois retábulos de talha dourada.
Na capela-mor e sobre o frontão triangular encontram-se telas com moldura em talha, sendo a "Adoração dos Reis Magos" a de melhor traço. Aspecto de destaque será o retábulo joanino ricamente adornado com colunas salomónicas, motivos vegetalistas e anjos.
A fachada principal é bastante despojada de ornamentação, cuja torre de construção posterior data de 1894.

Caplea do Senhor da Pedra

A Capela do Senhor da Pedra localiza-se num rochedo batido pelo mar, na praia de Miramar.
A sua edificação, a partir de uma planta centrada de forma hexagonal, pela concepção arquitectónica, poderá remontar ao século XVII, embora testemunhos documentais apontem o século XVIII.
O seu interior possui três retábulos em talha policroma e dourada de influência Rococó, e um púlpito de madeira. De salientar a imagem do Senhor da Pedra - um Cristo Crucificado.
O culto popular ao Senhor da Pedra manifesta-se através da Romaria do Domingo da Santíssima Trindade e é considerada uma das maiores e das mais carismáticas do concelho.

Capela do Bom Jesus

A Igreja do Bom Jesus de Gaia, também conhecida desde o Séc.XIX por capela de Nª Sª da Bonança fica situada na rua Viterbo de Campos, no Lugar do Castelo de Gaia. Localizada numa povoação de remota antiguidade, confirmada por escavações arqueológicas, trata-se de uma igreja de antiga invocação, que sofreu obras ao longo dos tempos, tendo sido alargada e ampliada várias vezes desde a Idade-Média. A igreja compõe-se de dois corpos simples, a que estão adossadas a sacristia a sul e a torre sineira a norte. O corpo principal é separado da capela-mor pelo arco triunfal, provavelmente refeito no séc. XIX.


Património e História: Museus


Casa-Museu Teixeira Lopes / Galerias Diogo de Macedo

No centro de Gaia o visitante encontra a casa e o atelier de António Teixeira Lopes (1866-1942). Porque uma casa é sempre o espelho de quem nela mora, aqui podemos conhecer a personalidade, os gostos e os hábitos de um dos maiores escultores portugueses de todos os tempos.

Para além da surpreendente produção artística do Mestre, este espaço alberga um espólio riquíssimo de Artes Decorativas (com coleções de mobiliário, cerâmica, têxteis, vidros, ourivesaria, etc.) e um núcleo significativo de pintura portuguesa com obras de Alfredo Keil, António Carneiro, António Ramalho, Aurélia de Sousa, Domingos Sequeira, Henrique Pousão, João Vaz, José Malhoa, Silva Porto, Sousa Pinto, Vieira Lusitano, Vieira Portuense, entre outros.

A exposição permanente patente nas galerias apresenta ao público a obra do escultor Diogo de Macedo (1889-1959), que inclui os seus trabalhos escultóricos bem como a sua produção no campo do desenho e da pintura. Diogo de Macedo reuniu ao longo da sua vida uma extraordinária coleção de arte. Destacamos deste valioso acervo, a coleção de Arte Negra e o núcleo de Pintura Modernista onde encontramos quadros de Abel Manta, Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Carlos Botelho, Dórdio Gomes, Eduardo Viana, Júlio Pomar, Mário Eloy, entre outros.

Solar dos Condes de Resende

Antiga casa senhorial dos Almirantes de Portugal, aqui se enamorou Eça de Queiroz, um dos mais célebres escritores portugueses, por uma das filhas dos titulares, com quem viria a casar. Para além do Arquivo Condes de Resende, a casa possui ainda um Centro de Documentação sobre Arqueologia, História, Antropologia e Património e um Núcleo Museológico com a Colecção Marciano Azuaga, doada ao município em 1904 e exposta, por núcleos, em exposições temporárias.

Casa Museu Van-Zeller


Na encosta do Douro em Avintes, ergue-se desde 1702, o Solar da Quinta S. Inácio, mandado construir para servir como residência de Verão a uma prestigiada família burguesa ligada ao comércio de Vinho do Porto, os Van-Zeller.
Após três séculos em que a Casa foi palco de vários acontecimentos históricos (invasões napoleónicas, por ex.), e testemunho das vivências das sucessivas gerações que a habitaram, a família abriu os seus portões ao público para que todos possam conhecer este documento histórico inestimável e possam desfrutar de um dia diferente e muito especial.
Na visita guiada à Casa, desde logo somos surpreendidos, pois não se trata de um museu, antes de uma viagem às memórias do quotidiano de uma família. Os objectos do dia-a-dia povoam a casa, evocando um inesperado regresso aos modos de vida do passado portuense.

Fonte: Turismo de Gaia

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